Vera Lúcia Santana Araújo é uma advogada baiana natural de Livramento de Nossa Senhora
O presidente Lula (PT) definiu, nesta sexta-feira (22), quem irá ocupar a vaga de ministra substituta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A escolhida foi a advogada baiana Vera Lúcia Santana Araújo, a segunda mulher negra a compor a Corte.
Vera vai ocupar cadeira de ministra substituta de classe, vaga aberta após o fim do mandato de Maria Cláudia Bucchianeri, em agosto deste ano.
Filha de garimpeiro e de uma professora, Vera tem 63 anos e 40 anos de carreira. Ela é natural de Livramento de Nossa Senhora, uma cidade baiana que durante sua infância sequer tinha rede elétrica. Ainda assim, Vera tinha hábito da leitura, que a ajudou a se destacar nos concursos de redação. No Ensino Médio, a baiana se mudou para estudar em Salvador, onde se envolveu com o movimento estudantil.
Depois foi estudar em Brasília e lá formou-se em direito e dedicou-se à carreira jurídica. Além disso, a baiana se envolveu também em atos de militância nos movimentos sociais do Distrito Federal, principalmente no âmbito da causa negra e do combate ao racismo.
A baiana era a única negra da lista tríplice enviada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao presidente. Competiam com ela as advogadas Daniela Borges e Marilda Silveira. Mas, em abril de 2022, Vera já tinha sido a primeira mulher negra a estar na lista tríplice de indicação para o TSE. O então presidente Jair Bolsonaro, no entanto, não a escolheu. Seu nome também chegou a ser citado para substituir a ex-ministra Rosa Weber no STF, mas Lula optou por Flávio Dino.
Agora, ela e a ministra Edilene Lôbo, também escolhida por Lula neste ano, serão as únicas mulheres negras da Corte. Vera Lúcia vai trabalhar com os titulares do TSE: Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques, Cármen Lúcia, Raul Araújo, Isabel Gallotti, André Ramos Tavares e Floriano Azevedo.
