Rei dos memes no ao vivo, Jorge Araújo fala sobre sucesso na TV: “Não me acho engraçado, mas o pessoal se identificou”

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. As três palavras juntas se tornaram sinônimo de uma pessoa na televisão: Jorge Araújo.

O comunicador de 46 anos, que está de casa nova desde o final de março após ter sido demitido pela segunda vez da Record TV, voltou a ser assunto nas redes sociais pela irreverência no jornalismo da Band Bahia.

 

Em menos de duas semanas, três virais nas redes sociais: a inauguração do Hospital Veterinário de Salvador, a “bronca” na antiga emissora e Bolsonaro na cadeira de balanço. Afinal, qual a fórmula para conseguir passar informação e ainda divertir quem o assiste?

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, o comunicador conta que nunca se achou engraçado, mas um toque de uma amiga foi o suficiente para perceber que era nessa área, de um jornalismo mais leve, que ele deveria investir na TV.

 

“Há uns 10 anos, uma amiga minha disse que eu tinha um olhar engraçado e que era para eu começar a fazer matéria engraçada que com certeza ia dar certo, mas eu não me acho engraçado, sabe? Só que o povo se identificou, e pegou. Então, eu sigo fazendo matérias que o povo gosta, indo para esse lado mais leve. Até porque a gente também identificou que na época que eu comecei, a televisão tinha muito sangue. E aí eu fui por outro lado, que é o da paz, da política da boa vizinhança. E graças a Deus tô assim até hoje”, conta.

 

Foto: Instagram

 

O jeito de Jorge era um contraste a um fenômeno que cresceu na TV baiana entre os anos 2000 e 2010, o sensacionalismo do “espreme que sai sangue”. “Acho que aquela época do sangue, do corpo na rua, da família chorando, de fazer aquele paredão com um bandido que tá ali que a polícia pegou, isso acabou. Acho que a internet veio também para mudar esse tipo de jornalismo. O povo quer algo mais dinâmico. Na rádio Sociedade, eu ia todos os dias fazer reportagem na porta do Hospital Geral do Estado para saber quem foi que tomou facada, quem foi que tomou tiro, e depois de um tempo eles tiraram isso. Hoje é mais diferente, eu acho que hoje não cabe mais sangue na televisão, o sangue já jorrou demais.”

 

Jorge, que veio do rádio, acredita que o modo “se vira nos trinta” de lá foi o que também colaborou para que ele conseguisse contornar as situações vividas na rua e conseguisse também pensar rápido. “Eu sou radialista. Não sou jornalista. Então assim quando eu saio para fazer pauta, eu tenho que faço minhas pautas e eu só penso na hora, entendeu? Eu não saio escrevendo o que eu vou fazer, como é que funciona. Para mim é ali na hora, é no improviso, sempre foi assim tanto no rádio quanto na televisão.”

 

Uma das situações citadas por Jorge foi o episódio envolvendo a Record recentemente, no qual o comunicador deu uma bronca ao vivo na entrevistada que pediu para avisar algo à antiga emissora. “Essa semana a coroa mandou um recado para a Record e eu disse que não estava mais lá, que me demitiram várias vezes. Já não aguento mais. É também um desabafo, entendeu? Não deixa de ser um desabafo e também uma brincadeira”.

 

Jorge deixou a emissora logo após o Carnaval, antes mesmo de completar um ano de casa. O comunicador, que tinha feito o retorno à antiga casa após um período na TV Aratu, de onde também foi demitido, brincou sobre a situação e desabafou sobre as diversas demissões em tão pouco tempo.

 

“Haja assinar carta de demissão, tá repreendido (risos). O pior não é nem a carta de demissão, é a carta de recomendação. A pessoa tá lá falando que você é uma pessoa boa, funcionário exemplar, mas se f*, caiu fora lá que não deu. Acho que não tem comunicador que foi mais demitido do que eu nos últimos tempos. Em um ano eu saí da Itapoan, saí da Salvador FM, saí da Record e da Aratu. E tudo dizendo que eu sou bom, sou uma pessoa boa e que não presto. É um negócio sério (risos).”

 

 

Ao Bahia Notícias, o comunicador relembrou a trajetória dele nos veículos baianos e disse não entender o motivo dele ser cortado tão rápido das empresas, mas garante estar feliz na nova casa.