Tricolor ocupa a 16ª posição e pode terminar a rodada no Z-4
O Campeonato Brasileiro chegou à sua metade e o Bahia segue frequentando apenas a parte inferior da tabela. A esperança de terminar o turno mais tranquilo foi por água abaixo após a derrota por 1 a 0 diante do Atlético-MG, na manhã deste domingo, no Mineirão
A entrevista coletiva de Renato Paiva ao fim da 19ª rodada trouxe um discurso semelhante ao que ele tinha nos primeiros jogos do time no Brasileirão. Na avaliação do português, o Bahia “está melhorando”.
A equipe está melhorando. Não venceu, mas está claramente melhorando
— Renato Paiva, técnico do Bahia
Renato Paiva viu o Bahia superior ao Atlético-MG na maior parte do jogo e lamentou o cenário repetido de terminar uma rodada da Série A com um resultado negativo.
– Quero falar do jogo. Acho que é uma história que se repete. Estamos muito insatisfeitos com o resultado, pelo que fizemos. Somos superiores em todos os números, menos nos gols. Outra vez, Botafogo, Internacional, derrotas que são definidas por detalhes – analisou Paiva.
– A equipe fez aqui um jogo de grande qualidade, num campo muito difícil, contra um adversário muito difícil. Trinta minutos brilhantes, podíamos ter feito. Tivemos 15 finalizações, sete no gol. E não temos gol. Controlamos defensivamente, durante quase o jogo todo, praticamente tudo que era organização ofensiva com bola do adversário – completou o treinador.
Ainda em uma avaliação da partida, Renato Paiva lamentou o cenário do jogo após o gol sofrido. De acordo com ele, a partida passou a ser desenhada de forma que favorecia os donos da casa, com espaços para o contra-ataque do adversário.
– Depois do gol, o Atlético entra naquilo que estava confortável: tem o jogo a seu favor, três setas na frente, e Hulk, que ativa contra-ataques. Bolas nas costas. Nós queremos atacar com equipe alta e linha alta, para somar gente na área adversária e conseguir chegar por dentro e por fora. O jogo muda depois do gol. O adversário fica um pouco mais confortável, ativando os jogadores da frente. Isso foi definitivo. Não nos deixamos assumir, tivemos menos critério, o cansaço foi se acumulando. E acabamos por ser penalizados – explicou.
A partida contra o Atlético-MG encerrou o primeiro turno do Bahia no Campeonato Brasileiro. A segunda parte da competição nacional começa para o Tricolor no próximo domingo, quando o time recebe o Bragantino, às 16h (de Brasília), na Arena Fonte Nova. Até lá, Renato Paiva tem a semana livre para trabalhar.
Confora outros trechos da entrevista de Renato Paiva
Demora para substituir
– Tomar o gol não significa que as coisas estejam mal. Tomamos o gol na chegada do adversário. Entramos bem na segunda parte, tivemos várias situações de cruzamento em que a bola ou vai para uma defesa ou vai para onde não tem ninguém. O último passe, continuamos a falhar. Não só as finalizações no gol. Eu sinto, faço substituições ou por cansaço ou falta de rendimento. Às vezes, por cartões amarelos. Senti que, naquele momento, os jogadores que estavam em campo estavam dando garantias. Quando senti o tempo passar e o cansaço, quis avançar com a substituições. Rafael [Ratão] já com cãibras. Já fiz substituições aos 30 minutos e aos 35. Não há timing. Sempre faço substituições com base no rendimento da equipe.
Elenco
– Uma coisa é certa: o elenco melhorou. Qualidade do treino melhorou, por causa da melhoria do elenco. As semanas largas de treino têm nos ajudado a ser mais equipe. Temos tido mais equipe, com muita mais ideia, mais compacta, do que éramos antes, por termos tempo para treinar. Mais uma semana larga para preparar a equipe. Acreditar nas questões ofensivas de volume que temos. Melhorar finalizações. Mas acaba por ser sempre assim. As equipes que mais atacam, normalmente, às vezes acabam por ser finalizadas num detalhe, num contra-ataque ou numa genialidade dos adversários. Hoje a grande jogada, tirando a defesa do Marcos, foi uma jogada por envolvimento por dentro, onde digo que devíamos estar mais fechados e não estivemos. Continuar a trabalhar, aproveitar as semanas largas. A equipe está melhorando. Não venceu, mas está claramente melhorando.
Vitor Hugo titular
– Critério de experiência, qualidade. É um zagueiro com história no futebol brasileiro, que vem da Europa. Queríamos muito o Vitor. Ele chegou com adaptação difícil. Falecimento da mãe. Depois, sentimos que faz uma dupla experiente com Kanu. Neste momento, precisamos de experiencia, não invalidando Gabriel [Xavier]. Seu crescimento. Só podem jogar dois. Raul Gustavo treina bem, Marcos Victor. Temos grandes jogadores de grande qualidade, e tenho que fazer escolhas
Cartão de Biel
– Biel vem de lesão. Era algo que eu queria em função daquilo que o jogo me desse. Poder coloca-lo. O jogo caiu por outro lado e decidi poupar o Biel para não arriscar o futuro dele.
