Novo circuito do Carnaval na orla da Boca do Rio pode finalmente sair do papel e se tornar realidade em 2025, mas o que deve mudar com esse novo espaço?
Matéria publicada originalmente no Jornal Metropole em 27 de junho de 2024
É só passar o São João que a cabeça do baiano festeiro já pula para fevereiro. Neste ano, se o folião é daqueles mais atentos, ele já começou a pensar e se planejar para os dias carnavalescos antes mesmo dos festejos juninos. Isso porque, uma discussão que não é de hoje ganhou espaço agora na Câmara Municipal: a possibilidade de um novo circuito de Carnaval. O bendito Circuito Boca do Rio, já tão cogitado, condenado e abraçado, pode finalmente sair das especulações e avançar na avenida dos projetos.
Protocolado em março de 2023, o projeto de indicação de autoria do vereador Toninho Carolino propõe a criação do circuito Moraes Moreira, na faixa de orla de Patamares, Boca do Rio, Pituaçu e Patamares. O texto já teve parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final (CCJ) e estava incluso para votação na Câmara Municipal no dia 19 de junho, mas ainda continua sob supervisão do Plenário. Quando proposto, a intenção era que o novo circuito já estivesse funcionando no Carnaval de 2024, mas não tramitou em tempo hábil para aprovação.
Reservadamente ao Metro1, integrantes da prefeitura de Salvador já confirmaram que um novo circuito é inevitável, porque a Barra já não comporta mais a estrutura atual da festa. Somente neste ano, os circuitos da cidade receberam 11 milhões de foliões. Antes que os foliões mais tradicionais reclamem, um detalhe: a intenção não é substituir, mas sim adicionar um novo circuito.
Isso vai significar muitas somas numa festa já megalomaníaca. A começar pelos próprios circuitos, que passarão de 7 para 8. Os camarotes, blocos e trios também devem aumentar. Já no quesito patrocínio, a operação deve ser outra. Os mais de R$ 30 milhões em contas de patrocinadores devem ser multiplicados com mais um fotogênico circuito à beira-mar. Enquanto isso, o circuito Osmar, que já agoniza há anos, e questões relacionadas às condições de trabalho dos cordeiros e ambulantes devem permanecer as mesmas.
