Audiência pública: projeto prevê proibição gradativa do uso de carroças no centro de Feira de Santana

Bahia
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Foi realizada na manhã desta quinta-feira (28), na Câmara Municipal de Feira de Santana, uma audiência pública para discutir os locais permitidos para a circulação de veículos de tração animal nas ruas da cidade.

A autor do Projeto de Lei, é do vereador licenciado e atual secretário de Agricultura, Pedro Américo, mas que voltou a ser tramitado na Casa, subscrito pelo vereador Jurandy Carvalho (PL).

Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário afirmou que o projeto tem como objetivo, remover gradativamente todos os animais de circulação do centro da cidade, haja visto que não são tratados como deveriam.

Pedro Américo
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Nós apresentamos este projeto no ano de 2021, logo no início do mandato, com o objetivo de tratar de um dos problemas centrais que temos aqui em Feira de Santana, que é tentar cessar definitivamente os maus-tratos aos animais. Uma das escolhas, foi a pauta sobre os veículos de tração animal, as carroças que a gente tem visto em Feira de Santana constantemente, animais sendo atropelados no centro da cidade, animais sendo atropelados no Anel de Contorno, animais em sol, na chuva, em pé na frente de algumas empresas que vendem materiais de construção ou madeireiras sem nenhum direito a água, sem ter o mínimo de proteção”, afirmou.

Segundo o secretário, o projeto é que nos próximos quatro anos, a prefeitura possa fazer um acompanhamento das famílias que utilizam estes animais, como ferramentas de trabalho.

“Nós estabelecemos um projeto de lei, um período de quatro anos, onde a prefeitura deverá cumprir o seu papel de saber quais são as condições desse grupo familiar, de fazer um acompanhamento socioassistencial, de fazer um acompanhamento econômico desta família, de buscar qualificar este núcleo familiar, para que ele possa inclusive, mudar de profissão. A gente precisa entender que na verdade, esta atividade é um subemprego onde a gente sabe que não tem carteira assinada, este trabalhador não tem nenhum tipo de direito trabalhista, esse de trabalhador não vai ter direito a aposentadoria lá na frente, então quem acha que na verdade está defendendo a profissão, na verdade ele está condenando essa família”, afirmou.

Ao Acorda Cidade, Pedro Américo também explicou que a própria população contribui para os problemas ambientais da cidade.

“No momento em que eu chamo este trabalho, porque ele é mais barato para poder tirar o entulho da porta da minha casa, é porque eu sei também, que este entulho não terá o destino adequado, que muitas vezes é jogado nos córregos, é jogado nas lagoas, e é o que causa tanto transtornos, inclusive para nossa sociedade em relação ao meio ambiente, em relação aos alagamentos”, concluiu.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade