“Não tenho como fazer mais”, diz prefeito de Salvador sobre reajuste salarial dos professores

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A categoria não concorda com o reajuste de 8% aos servidores municipais do magistério, aprovado nesta semana

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), comentou sobre o protesto dos professores municipais nesta quinta-feira (15/6), durante participação no programa QVP, da TV Aratu. A categoria não concorda com o reajuste de 8% aos servidores municipais do magistério, aprovado nesta semana.

Quando questionado se o aumento poderia ser maior, Bruno afirmou que a prefeitura está pagando mais que o governo do estado (4%), e pediu aos sindicatos que receba deles o mesmo tratamento dado à gestão estadual e outros poderes. “Pagamos um salário superior ao do governo do estado, de R$ 6.300, em média”, disse. Em outro momento, falou que não tinha “como fazer mais”, pois estava pagando o dobro em relação a outros servidores:

“Venho de uma família de professoras, fui professor, mas não tenho como fazer a mais. Estou dando aos professores o dobro do que dei aos demais servidores; fiz um esforço além do limite, em reconhecimento à importancia dos professores, porque acredito na educação e só através dela mudaremos o futuro da nossa cidade”.

Limite para repasse

Reis citou, ainda, a lei que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), cujo texto determina que 70% do recurso seja destinado aos professores. De acordo com Bruno, Salvador utilizou 105% do fundo com essa finalidade, para que a prefeitura arcasse com outras despesas.

“Do imposto do cidadão, gastamos 75 milhões a mais para pagar aos professores. Todo custo de água, luz, manutenção, reforma, construção de escola, a merenda do aluno, o kit escolar, fardamento, outros trabalhadores da escola… tudo é com recurso da prefeitura”, pontuou o prefeito.