MC Marcinho tem piora e sai da fila de transplante de coração

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Cantor, que está internado desde o dia 27 de junho com um quadro de insuficiência cardíaca e renal, foi acometido por uma infecção generalizada. Família e hospital pediram doação de sangue nesta terça (22)

O funkeiro MC Marcinho, de 45 anos, teve uma piora no seu estado de saúde nas últimas 24 horas e está com quadro de infecção generalizada, segundo informou sua assessoria de imprensa nesta terça-feira (22).

O artista está internado desde o dia 27 de junho, no Hospital Copa D’or, em Copacabana, com um quadro de insuficiência cardíaca e renal (Veja mais no final desta reportagem).

Familiares e amigos do cantor fizeram um pedido por doação de sangue nas redes sociais (veja vídeo abaixo).

A situação traz ainda um outro drama, que é a retirada do nome do artista da fila de transplantes de órgãos. É que pelas regras do Sistema Nacional de Transplantes, o receptor tem que ter condições mínimas para suportar uma cirurgia e receber o órgão.

“Muitas complicações estão surgindo agora e, nesse momento, ele não tem condições de fazer a cirurgia. Ele estava na fila do transplante, mas com o quadro de infecção se agravando, não pode fazer a cirurgia”, explicou a assessora do cantor, Vanessa Bicalho.

O irmão do cantor, Mauro Garcia, também se manifestou nas redes sociais pedindo doação de sangue e falando sobre o quadro de Marcinho.

“Amigos, estou precisando muito da ajuda de vcs mais uma vez. A situação do meu irmão piorou e só um milagre de Deus pra que gente não perca ele . Desde já, obrigada por todas orações. Me ajudem! Nosso Deus é o Deus do impossível”, escreveu.

Coração artificial

No dia 14 de agosto, MC Marcinho recebeu um coração artificial, um dispositivo de duração intermediária (veja abaixo como funciona), que pode ser usado de três a quatro meses.

“Na verdade, o ideal é que surja um coração para que ele não fique exposto ao risco de coágulos ou infecções, mas se ele estiver bem, os médicos podem estender o uso do coração artificial ou, se houver necessidade, trocar por um outro equipamento de média duração”, explica Ana Luiza Sales, Coordenadora do Programa de Transplante Cardíaco do Hospital Pró-Cardíaco.
Além de ter condições de saúde para receber o órgão, o receptor precisa que surja um órgão do mesmo tipo sanguíneo, e que seja de alguém que tenha um peso próximo ao dele.

O caso
MC Marcinho foi internado no dia 27 de junho, no Hospital Copa D’or, em Copacabana, com um quadro de insuficiência cardíaca e renal, e chegou a ter uma parada cardiorrespiratória por 14 minutos no dia 10 de julho.

No dia 14 de julho, ele recebeu um coração artificial, chamado de “dispositivo de assistência ventricular (DAV)”. Trata-se de um aparelho que bombeia sangue para o corpo, cumprindo ou complementando a função do coração humano. É indicado para pacientes com insuficiência cardíaca grave, que não podem receber transplante ou não podem ter o seu quadro controlado por medicamentos.

Marcinho convive com uma série de doenças crônicas há cerca de dez anos: diabetes, doença renal e cardiopatia dilatada.

Saiba o que é um coração artificial

Segundo os médicos que atenderam MC Marcinho no Hospital Copa D’Or, o coração artificial nada mais é do que um equipamento que reúne duas bombas para ajudar na circulação do sangue.

Na cirurgia, os médicos implantaram essas duas bombas no corpo de Marcinho. Uma dessa bombas leva o sangue para dentro da circulação pulmonar, onde é oxigenado. Em seguida, o sangue retorna para o coração.

A segunda bomba do equipamento é responsável pela distribuição do sangue por todo o corpo do paciente.

“A gente usa essas bombas quando o coração entra em falência e o objetivo é puxar o sangue da circulação e devolver para a circulação, fazendo o papel do coração. Basicamente, ele funciona como uma bomba cardíaca”, explicou a cardiologista Jaqueline Miranda, responsável pelo programa de transplante cardíaco da Rede D’Or.

O procedimento para a implementação do coração artificial não é muito comum no Brasil. Entre as barreiras para a popularização do tratamento no país estão: a tecnologia de ponta necessária; a equipe de especialistas bem treinados para a cirurgia; e o alto custo do implante.

A utilização do coração artificial não é permanente. O equipamento dura três ou quatro meses, no máximo.

“Essa bomba não é permanente. Ela dura de 3 a 4 meses, no máximo. Então, a gente tem a expectativa de tirá-la, provavelmente para um transplante, não para recuperação do coração que ele tem, que a gente sabe que é previamente doente”, afirmou Jaqueline Miranda.
À espera do transplante
Após receber o coração artificial, Marcinho permanecerá internado pelos próximos meses até receber um transplante do órgão.

O primeiro procedimento adotado foi o ECMO. O equipamento age como um pulmão artificial e oxigena o sangue fora do corpo.