Marlete Batista Neves Fernandes descreve cenas de desespero após acidente de ônibus que deixou 16 mortos na BR-423
Uma das passageiras que sobreviveu ao tombamento de um ônibus na BR-423, entre Paranatama e Saloá, no em Pernambuco, relatou momentos de pânico e desespero na noite de sexta-feira (17), quando o veículo virou, deixando 17 mortos.
De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, entre as vítimas estão 11 mulheres, quatro homens e dois pessoa cujo gênero não foi divulgado. Até o momento, as identidades das vítimas não foram confirmadas.
Marlete Batista Neves Fernandes, moradora de Caetité, no sudoeste da Bahia, contou à TV Sudoeste que o grupo retornava à Bahia após passar o dia comprando no Polo de Confecções de Santa Cruz do Capibaribe. Segundo a sobrevivente, o ônibus trafegava em alta velocidade pouco antes do acidente.
“Eu percebi que o ônibus começou a ter uma velocidade muito forte e falei: ‘o motorista está doido’. Nesse momento, ele começou a fazer zigue-zague. Acho que tentou encostar em um barranco, e aí o ônibus tombou. Eu segurei a poltrona e, quando ele virou, fui a primeira a sair”, relatou Marlete.
A passageira explicou que conseguiu escapar pelo teto do ônibus e, do lado de fora, presenciou cenas de desespero. “Eu só vi gente morta, sangue, pessoas gritando por socorro. Foi uma loucura, entrei em estado de choque. Rasguei um pedaço do meu vestido para estancar o sangue de uma amiga que estava ferida”, disse.
Marlete viajava acompanhada da cunhada, Maria, e de uma amiga, Ilka, que também ficaram feridas. Ilka foi medicada e segue em observação no hospital, enquanto a cunhada ainda estava desaparecida na manhã deste sábado (18).
“Eu procurava por ela, chamando, mas estava tudo escuro. Não conseguia ver dentro do ônibus. Estou desesperada, tentando descobrir se ela está no hospital ou se já foi levada ao IML”, contou.
