Rogério Ceni inicia nova era no Bahia nesta segunda-feira com cinco desafios

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Substituto de Renato Paiva, treinador vai precisar definir identidade, ajustar defesa e encontrar alternativas para meio e ataque

 

A era Rogério Ceni no Bahia começa, na prática, nesta segunda-feira. Anunciado no último sábado, o treinador desembarcou em Salvador um dia depois e, nesta segunda, comanda o primeiro treino à frente do time. Apesar do contrato longo, válido até o fim de 2025, Ceni precisa alcançar uma meta imediata: livrar a equipe do rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

Substituto de Renato Paiva, Rogério Ceni recebe um time que, apesar de ter sido campeão estadual, nunca engrenou. A equipe contou com alto investimento do Grupo City, superior a R$ 100 milhões na contratação de jogadores, mas segue frágil e com uma série de problemas nos dois lados do campo. Não por acaso, sofreu em todas as competições de nível técnico mais alto e está na beira da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

 

Rogério Ceni comanda primeiro treino no Bahia nesta segunda-feira — Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Rogério Ceni comanda primeiro treino no Bahia nesta segunda-feira — Foto: Marcello Zambrana/AGIF

A manutenção do time na Série A, inclusive, é o único objetivo que o Grupo City deixou claro nesta primeira temporada à frente do futebol do Bahia. Ao longo do período no Tricolor, Renato Paiva sempre destacou que as pretensões para esta temporada eram modestas.

 

Diante disso, o ge então listou alguns desafios que Rogério Ceni vai ter que resolver para manter a equipe na Primeira Divisão.

 

1 – Definir identidade

 

Renato Paiva não conseguiu fazer o Bahia engrenar nesta temporada — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Renato Paiva não conseguiu fazer o Bahia engrenar nesta temporada — Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia chega a meados de setembro sem uma identidade. Inicialmente, Renato Paiva buscou ter uma equipe propositiva, com construção a partir do seu campo de defesa (no início gerou graves problemas), mas as limitações técnicas, de organização e, principalmente, resultado, fizeram o treinador fazer uma série de mudanças ao longo do percurso, seja de peças ou sistema tático.

 

2 – Encontrar substituto para Cauly

 

Cauly segue em recuperação de lesão — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Cauly segue em recuperação de lesão — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Em meio a tantos problemas, o grande acerto do Bahia foi a contratação do meia Cauly. Mesmo com a equipe em má fase, ele conseguiu ter uma sequência de boas atuações e foi fundamental nos melhores momentos. Contudo, o camisa 8 está machucado e só deve voltar entre o final de setembro e início de outubro. Léo Cittadini foi o escolhido para a função contra o Vasco, mas tem característica distinta de Cauly e não foi bem. Biel também chegou a ser usado.

 

3 – Resolver dilema dos centroavantes

 

Everaldo está em baixa com a torcida do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Everaldo está em baixa com a torcida do Bahia — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Ao longo da passagem pelo Bahia, Renato Paiva fez uma espécie de rodízio entre os centroavantes do time. Everaldo e Vinícius Mingotti “rodaram” na equipe titular, mas nunca engataram uma sequência de bons jogos e convivem com críticas da torcida. Tanto que a dupla, principal responsável pelos gols do time, combina para apenas cinco bolas na rede na Série A.

 

4 – Acabar com fragilidade defensiva

 

Kanu sofre com problemas defensivos ao longo da temporada — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Kanu sofre com problemas defensivos ao longo da temporada — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia / Divulgação

Uma das características do Bahia ao longo desta temporada foi a fragilidade defensiva. O Tricolor amargou goleadas como 3 a 0 para o Fortaleza, na Arena Fonte Nova, e 6 a 0 diante do Sport logo no início do ano e não conseguiu mostrar muita evolução desde então. A equipe, inclusive, chegou a ter a defesa mais vazada entre os clubes das séries A e B. Atualmente, é a 5ª mais vazada da Série A ao lado do Goiás, com 29 gols sofridos.

 

5 – Recuperar destaques

 

Jacaré (esquerda) e Biel se destacaram pelo Bahia em 2023 — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Jacaré (esquerda) e Biel se destacaram pelo Bahia em 2023 — Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

A temporada do Bahia não foi de brilho solitário de Cauly. O meia também contou com ajuda, principalmente de Biel e Jacaré. O primeiro chegou a ser a referência técnica do time, enquanto o segundo foi fundamental pela versatilidade, atuando como ala ou atacante. Os dois, porém, sofreram lesões musculares e retornaram recentemente ao time, ainda longe do que já renderam.

Resta saber como Rogério Ceni vai agir diante de todos esses problemas. A estreia dele pelo time está marcada para a próxima quinta-feira, em jogo confronto direto contra o Coritiba, marcado para as 20h (de Brasília) .