O preço dos ovos de galinha subiu até 40% desde a segunda quinzena de janeiro passado.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a alta demanda e a oferta restrita influenciaram o aumento do custo deste alimento. O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, afirmou que a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços preocupam os supermercados. “O consumidor também tem recorrido mais aos ovos de galinha devido à alta dos preços das demais proteínas”, disse.
Conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto o grupo de energia recuou 14,21%, o de alimentos continua pressionando o índice para cima, com alta de 0,96% em janeiro, consolidando a sequência de cinco altas consecutivas.
A inflação (0,16%) teve o menor resultado para um mês de janeiro desde 1994, antes do Plano Real, iniciado em julho daquele ano. Em dezembro de 2024, o IPCA foi de 0,52%. A desaceleração não significa queda dos preços, mas sim que, na média, aumentaram em menor velocidade.
No acumulado de 12 meses, o IPCA registrou 4,56%, acima da meta do governo. Em dezembro, o acumulado era de 4,83%. A meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, intervalo de 1,5% a 4,5%