Natal Encantado: prefeitura recusa projeto apresentado pelo Sicomfs e evento deverá ser simplificado

Bahia
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O Natal Encantado é uma realização da prefeitura. O Sicomfs, Sesc e o Governo do Estado seriam possíveis apoiadores.

O Natal Encantado de Feira de Santana, cujo retorno neste ano vinha criando expectativas devido ao modelo proposto semelhante ao que foi realizado no período junino com Arraiá do Comércio, terá uma versão mais simplificada. A informação foi passada pelo prefeito, Colbert Martins Filho, na semana passada. A última edição do Natal Encantado foi realizada em 2019, antes da pandemia de covid-19.

Ao Acorda Cidade, o presidente do Sindicato do Comércio (Sicomfs), Marco Silva, explicou que o projeto apresentado à prefeitura não teve muita aceitação por parte das autoridades municipais.

“Apresentamos um projeto à Prefeitura, já há alguns meses que a gente vem conversando desde do Arraiá do Comércio, que foi aquele sucesso para todo mundo, para a cidade, para o Comércio, para a Prefeitura, também para o Estado, todo mundo tirou vantagem daquilo, foi um orgulho para a cidade, que a gente vem conversando sobre o Natal Encantado, nos deixamos à disposição e apresentamos um projeto à Prefeitura há cerca de 60 dias. Um projeto na Praça Bernardino Bahia, um projeto com custo baixo, porque a gente ia atrás de parcerias com entidades”, explicou.

Marco reforçou que o Natal Encantado é uma realização da prefeitura e que, o Sicomfs, o Sesc, o Governo do Estado, seriam possíveis apoiadores. Mesmo assim, o prefeito de Feira decidiu por uma versão mais simplória do evento.

“Agora, é claro que a gente precisava de uma estrutura básica no local. Nós apresentamos o projeto e mantivemos o diálogo todo esse tempo. Comunicamos à Prefeitura, nós apresentamos, inclusive parceiros queriam trazer investimentos a custo zero para a Prefeitura, apresentações, uma série de coisas, mas, infelizmente, o prefeito, na sua declaração, inclusive foi público isso no rádio, disse que esse modelo não era o modelo que ele iria adotar. Ele preferiu adotar um modelo mais simplificado, apenas com iluminação e alguns eventos ali no estacionamento da Prefeitura e nas sacadas da Prefeitura”, disse.

O presidente também salientou que o argumento do prefeito foi acatado pelos apoiadores, quando ele justificou questões como a baixa remuneração, a seca e outros problemas que a cidade vem enfrentando, e que o sindicato já alertou os outros parceiros sobre as condições para a realização do evento.

“Enviamos o ofício para ficar tudo registrado, tanto a Prefeitura Municipal quanto ao Sesc, apresentamos de forma oficial isso, tanto quando a gente ofereceu, fizemos de forma oficial por escrito um ofício, como no momento que se esgotou a opção do Prefeito, também já não tinha mais tempo para a gente fazer o evento que a gente estava trabalhando, a gente também de forma oficial, comunicou tanto aos parceiros, em especial ao Sesc, e à Prefeitura Municipal”, declarou.

Ainda segundo o presidente, comparado ao projeto apresentado pelo sindicato, o evento desde ano será muito menor no quesito das apresentações culturais, dos eventos e da ornamentação da cidade. Ele reforçou ao Acorda Cidade, que o evento proposto pela Sicomfs era muito maior do que o prefeito tem anunciado.

“Pelas informações que nós temos pelo próprio prefeito é que ele vai fazer um evento menor, com iluminação em alguns pontos das salas de Barbosa, Getúlio Vargas e Prefeitura, foi o que ele declarou no rádio, e com corais, fanfarras. Esse evento que a gente tinha planejado e está no papel, isso era um evento bem mais amplo, um evento econômico, porque com muita parceria o próprio governo do Estado se deixou à disposição para maiores atrações e a gente entende que seria um evento ao estilo, só que com características diferentes, porque a festa do Natal é uma festa, onde a gente lembra, é importante dizer isso, o nascimento de Cristo, então são atrações um pouco diferentes da de forró, do Arraiá do Comércio”, ressaltou.

Segundo Marco, no mês de junho, com a realização do Arraiá do Comércio, o centro da cidade recebeu diariamente 10 mil pessoas a mais. Apesar da falta de apoio nessa realização, ele confirma que continuarão firmes, apresentadno os melhores projetos para a cidade e seu comércio pulsante.

“Nós entendemos que queremos o bem da cidade, apresentamos esse projeto de baixo custo, sempre faremos isso, buscando parcerias, entendemos e respeitamos a decisão do prefeito. Não há aqui nenhum tipo de rusga, nenhum tipo de insatisfação. A gente entendia que era um investimento que a Prefeitura faria e teria o retorno em termos de geração de emprego, renda, mais vendas e mais impostos também para melhorar a própria arrecadação da Prefeitura Municipal. Mas a gente segue firme, essa é nossa missão, de forma muito prática, humilde, a gente está aqui para ajudar para que Feira de Santana tenha o crescimento”, finalizou.

 

om informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade