Segunda vítima, de 13 anos, morreu seis dias após o irmão, de 7 anos, que também havia sido envenenado
Evely Fernanda Rocha, de 13 anos, segunda vítima do ovo de Páscoa envenenado em Imperatriz, no Maranhão, faleceu nesta terça-feira (22). Ela estava internada desde o último dia 16, cinco dias após a morte do irmão, Luís Fernando, de 7 anos, que também consumiu o chocolate contaminado.
O Hospital Municipal de Imperatriz confirmou o óbito, informando que a causa da morte foi um choque vascular associado à falência múltipla de órgãos.
Além das duas crianças, a mãe, Mirian Lira – atual namorada do ex-companheiro da suspeita – também ingeriu o chocolate e permanece internada na mesma unidade. Ela chegou a ser entubada na UTI, mas seu estado melhorou, e no domingo (20) foi retirada da área de risco. Na segunda-feira (21), foi transferida para a enfermaria, onde recebeu a notícia da morte dos dois filhos.
Segundo o último boletim médico, divulgado nesta terça, Mirian apresenta “quadro estável e boa resposta ao tratamento”. Se a evolução for positiva, a expectativa é que ela receba alta nas próximas 72 horas.
Suspeita
A principal suspeita do crime, Jordelia Pereira Barbosa, de 35 anos, foi presa na última quinta-feira (17) quando tentava deixar Imperatriz. Sua prisão temporária foi convertida em preventiva, e ela foi transferida para um presídio em São Luís.
Antes do crime, Jordelia percorreu cerca de 384 km entre cidades e chegou a participar de uma falsa degustação de trufas de chocolate.
De acordo com a Polícia Civil, o chocolate, supostamente envenenado, foi entregue na noite de quarta-feira (16) por um mototaxista na casa da família. Junto ao presente, havia um bilhete com a mensagem: “Com amor para Miriam Lira. Feliz Páscoa!”.