Jerônimo defende operações contra facções em bairros nobres de Salvador

Jerônimo afirmou, ainda, que “que está na comunidade é a ponta do iceberg: “Em algum lugar está a fonte financeira”

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), defendeu, nesta terça-feira (4), que o Estado realize mais operações em bairros nobres a fim de combater o crime organizado.

A opinião de Jerônimo foi expressada durante evento na sede da Secretaria de Segurança Pública, onde apresenta medidas para combater a violência no estado. “Assim como nós vimos a Faria Lima, aqui em Salvador também tem os bairros nobres que devem guardar essas fontes, mas que ninguém toca. Quem paga a conta é a comunidade pobre e quem vai embora são os nossos filhos negros, a juventude”, alertou.

O chefe do Executivo baiano citou a Operação Primus, deflagrada no dia 16 de outubro, cujo intuito foi combater um esquema de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. “Fomos mexer onde nós deveríamos mexer que é no andar de cima do crime organizado”, afirmou.

Jerônimo afirmou, ainda, que “que está na comunidade é a ponta do iceberg. “Em algum lugar está a fonte financeira”, pontuou.

O governador também citou a operação da Polícia Federal realizada no final de agosto, quando o Ministério Público de São Paulo identificou que instituições financeiras, incluindo fintechs e fundos de investimento, são peças-chave na engrenagem de lavagem de dinheiro para organizações criminosas, como o PCC.

O órgão ministerial indicou que a facção movimentou cerca de R$ 70 bilhões com o esquema. Só em Curitiba, a organização criminosa teria injetado R$ 1 bilhão em 46 postos de combustíveis.

Jerônimo critica operação no Rio de Janeiro

O governador voltou a criticar a megaoperação realizada na semana passada na capital Fluminense, na qual 121 pessoas morreram, incluindo quatro policiais. “Seria bom se todos nós do Brasil entendêssemos que era momento de sentarmos às mesas, os 27 governadores, os 6.500 prefeitos, os deputados, o parlamento, o sistema de justiça e encontrássemos a saída. O Estado não pode ser matador. Não pode. Não é o Estado que tem que fazer isso”, disse Jerônimo.

“O Estado tem que mediar. E nós ficamos entre uma situação dizendo foi correto o que aconteceu e que foi injusto. Quem fala que foi correto diz que é genocida. Quem fala que não foi correto diz que está poupando criminosos. Essa disputa não serve para nós”, emendou.

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