Confraternização dos Cateano acontece há quatro edições, em um sítio em Itiruçu. Durante um final de semana, filhos, netos, bisnetos e agregados festejam juntos.
Se reunir 10 amigos em um bar às vezes já é uma tarefa difícil, imagine reunir mais de 100 familiares para passar um final de semana juntos? A façanha já deu certo quatro vezes para os Caetano, uma família baiana que criou uma tradição anual de alugar um sítio em Itiruçu, cidade de 10 mil habitantes no sudoeste do estado, e reunir os filhos, netos e bisnetos para confraternizar.
O encontro é regado a jogos, camisas customizadas, música e atualizações de fofocas familiares. Neste ano, o evento aconteceu nos dias 9 e 10 de novembro e teve até pedido de casamento.
O final de semana dos Caetano reúne os descendentes diretos de Seu Luis e dona Maria de Lourdes, conhecida como Lui. O casal, que já é falecido, teve 18 filhos. Dez deles estão vivos e participam ativamente dos encontros, que também é composto por outros integrantes que moram em Salvador, Vitória da Conquista, Paulo Afonso, Jequié, Jaguaquara e Poções.
👪 A idade dos integrantes varia entre alguns meses de vida e 75 anos. O último evento teve como tema “Deus me livre não ser Caetano” e reuniu 106 pessoas, sendo:
👉 10 filhos;
👉 12 noras e genros;
👉 30 netos;
👉 mais de 20 agregados.
“É uma experiência maravilhosa, porque estamos falando de diversidade de pensamentos, crenças e idades. Não somos uma família perfeita, mas nos reunirmos é manter viva a memória dos meus avós e criar memórias afetivas para nossas crianças”, contou Meire Novaes, neta de Seu Luis e dona Maria de Lourdes.
A ideia surgiu em 2018, mas não foi realizada em 2020 e 2021, devido a pandemia. Em 2022 o evento também foi suspenso por causa de uma tragédia familiar: três integrantes morreram em um acidente de carro na BR-116.
Em 2023, a festa foi retomada também para festejar a memória dos que já se foram.
Para explicar a árvore genealógica, uma das netas, Josi Novaes, fez uma revista. O material aborda a história do patriarca e da matriarca e as trajetórias de cada filho.
Há também uma homenagem para os familiares que morreram, em especial Marly e Marleide, vítimas do acidente em 2022.
“Permanecem presentes em cada momento, lembrança e celebração”.
Comissão organizadora
Para reunir mais de 100 pessoas, é preciso uma verdadeira comissão organizadora. Segundo Meire Caetano, a tarefa é dividida por núcleos familiares, que elegem um representante para cuidar das comidas, bebidas, jogos e o que mais for necessário.
“Costumo dizer que movimentamos a economia da cidade, porque contratamos cozinheira e banda local, compramos comidas, bebidas, alugamos o espaço… É muita coisa”, brincou Meire, que é uma das organizadoras.
Os gastos são colocados em uma planilha de orçamento e crianças, adolescentes e adultos pagam valores diferentes.
Ao longo dos dois dias, são realizados bingos, sorteios de prêmios e diversas brincadeiras para as mais de 15 crianças que integram a família.
Segundo Meire, o evento já é conhecido pelos moradores da cidade, que frequentemente pedem para para participar da celebração como “agregados”.