Estátua de Mãe Stella na Bahia é vandalizada; suspeito é homem que simulou bomba com balas de gengibre há 7 anos, diz guarda

Polícia
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Câmera registrou a ação e homem teve a identidade divulgada pela Guarda Civil nesta sexta-feira (18), após ser detido. Em 2016, suspeito fingiu entrar em universidade com bomba em dia de prova da OAB.

A estátua de Mãe Stella de Oxóssi, foi vandalizada mais uma vez na quinta-feira (17), e câmeras de segurança flagraram a ação ocorrida uma semana após a reinauguração.

De acordo com informações da Guarda Municipal de Salvador, o suspeito do vandalismo é o mesmo homem que ameaçou explodir uma bomba em uma universidade da capital baiana, onde seria realizada a prova da OAB há 7 anos. No entanto, após negociação com a polícia, foi constatado que ele estava com balas de gengibre presas ao corpo, no ano de 2016.

Nas imagens de quinta-feira, foi possível ver o homem, de 43 anos, danificar duas placas da Prefeitura de Salvador que estão instaladas na estátua em homenagem a ialorixá.

A Guarda Municipal foi ao local, mas não encontrou o suspeito. O homem foi localizado na manhã desta sexta-feira (18), após buscas na região e encaminhado para a Central de Flagrantes.

Apesar da Guarda Municipal relacionar o suspeito ao caso das balas de gengibre, a Polícia Civil informou em nota que não identifica suspeitos por causa da Lei de Abuso de Autoridade. A Polícia disse apenas que o inquérito foi instaurado e o crime, definido como dano qualificado.

A obra, que fica entre a Avenida Paralela e Stella Maris, em uma avenida que leva o nome da religiosa, foi atingida por um incêndio em dezembro de 2022.

A estátua é de autoria do escultor Tatti Moreno, falecido em julho de 2022, e teve que ser completamente refeita após ser destruída pelas chamas. A nova obra é de fibra de vidro com propriedades antichamas e a reconstrução foi feita pelos filhos de Tatti, os artistas plásticos André e Gustavo Moreno.

“Bomba”

Uma ameaça de bomba suspendeu a prova da OAB na Unijorge, instituição de ensino superior que fica na Avenida Paralela, em Salvador, no dia 24 de julho de 2016. Um homem ameaçou explodir o local e causou pânico e correria.

Frank Oliveira da Costa se entregou à polícia e ele estava com balas de gengibre presas ao corpo. Nenhum explosivo foi encontrado com ele. Por causa da ameaça, a prova do exame da ordem em Salvador foi cancelada.

Segundo testemunhas, na época, o homem já havia tentado o exame da OAB 11 vezes. Após depoimento no Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), Frank Oliveira foi levado para exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Ele foi liberado em seguida.

Ele foi autuado com um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), quando não tem potencial ofensivo, já que nenhum explosivo ou arma foi achada com o rapaz. Na época, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que Frank iria responder por crime com base no artigo 41 da Lei das Contravenções Penais por provocar alarme anunciando perigo existente capaz de produzir pânico ou tumulto.

O homem já havia cursado Direito na instituição onde simulou bomba com balas de gengibre.