Em Cruz das Almas, operação fecha postos suspeitos de ligação com PCC

Um dos estabelecimentos pertence ao filho de Jaílson Ribeiro, o Jau, preso no último dia 16 durante a operação Primus

Dois postos de combustíveis foram fechados nesta segunda-feira, 27, em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, durante a Operação Posto Legal, promovida pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), Agência Nacional de Petróleo (ANP), Instituto Baiano de Metrologia (Ibametro) e Secretaria de Segurança Pública (SSP).

A operação ainda se encontra em andamento e o balanço das autuações ainda será divulgado, mas, fontes ouvidas por A TARDE confirmam que foram detectadas irregularidades em equipamentos de medição que estariam fora do padrão. Outras infrações não estão descartadas.

Um dos postos pertence a Pedro Henrique Ramos Ribeiro, filho de Jaílson Couto Ribeiro, conhecido como Jau, preso na operação Primus por suspeita de envolvimento num esquema de adulteração e comércio irregular de combustíveis.

Ligação com o PCC

Segundo a Polícia Civil da Bahia, Jau, que se auto-intitulava o maior revendedor Shell da América Latina, teria se associado ao empresário Mohamad Houssein Mourad, o ‘Primo’, empresário ligado à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), para vender combustíveis no estado.

Posto Cruz, alvo de fiscalização, pertence ao filho de Jau, preso na operação Primus
Posto Cruz, alvo de fiscalização, pertence ao filho de Jau, preso na operação Primus | Foto: Reprodução

Outro posto que teve as bombas lacradas pela fiscalização seria de Roberto Auguto Leme da Silva, o ‘Beto Louco’, apontado como sócio de Mourad e também ligado ao PCC, de acordo com as investigações.

Desde 2024, Jau deixou de comprar combustíveis da Shell, mas, continuou usando a bandeira da multinacional. Motivo pelo qual, a Raízen, distribuidora da petroleira, ingressou com ação na justiça por uso indevido da marca.

Jau também é investigado nas operações Carbono Oculto e Tank, da Polícia Federal e tentou se eleger prefeito de Iaçu em 2020 e 2024. Ele apoiou em 2022 o deputado federal Dal Barreto (União Brasil), também dono de uma rede de postos e investigado pela operação Overclean.

FONTE: A TARDE

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