Após vencer por 3 a 0 o Fluminense de Feira, ficou quase impossível disfarçar a alegria estampada no rosto dos jogadores do clube.
O Tremendão só tem motivos para comemorar. Depois que o Bahia de Feira garantiu o retorno para a Série A do Campeonato Baiano, com uma vitória por 3 a 0 em cima do Fluminense de Feira, ficou quase impossível disfarçar a alegria estampada no rosto dos jogadores e membros da comissão técnica do clube.

“Nós não pressionamos a equipe na necessidade de vencer ou ter que subir. Nós fizemos eles verem a importância do Bahia de Feira voltar à primeira divisão e do investimento que foi feito. Em cima desse processo, nós disputamos uma competição com muito equilíbrio e isso fez com que o time, ao longo da competição, fosse ganhando força e qualidade”, disse Jodilton.
O empresário classificou que o retorno do time à Série A do “Baianão” é fruto de uma conjunção de fatores. Jodilton lembrou que, assim que o Bahia de Feira caiu para a 2ª divisão do campeonato, tomou de imediato a decisão de fazer uma série de avaliações dos erros que foram cometidos naquela temporada, para que não se repetissem. Aliado a isso, a direção do clube concentrou esforços na parte técnica.
“A primeira coisa que a gente fez foi ver qual era comissão técnica ideal para que a gente pudesse montar uma grande equipe. O presidente Thiago Souza sugeriu que a gente trouxesse o João Carlos e nós fizemos contato com ele, que inclusive já tinha alguns contatos com outras equipes, mas ele se sentiu confortável com o carinho que tem pela família do Bahia de Feira e resolveu aceitar esse desafio, faltando cerca de 90 dias para a competição começar”, disse.

“A condução do trabalho foi feita da melhor forma possível, culminando no êxito do nosso acesso ao retorno à elite do futebol baiano. A gente já tem muito tempo que milita no futebol, então muitos jogadores já passaram por aqui. E o formato para montar o elenco foi o de sempre. A gente sempre dá muita liberdade para o treinador que aqui estiver, para formar o elenco junto com a gente”, disse Thiago.
“Na verdade, as minhas opiniões são sempre mais em relação aos jogadores que por aqui passaram e deram certo. Para novos jogadores, é o perfil do treinador que no momento esteja aqui. E foi assim que a gente fez. Quando o professor João saiu da Juazeirense, no meio do Campeonato Baiano, a gente já fechou a sua contratação. Eu pedi para que ele não aceitasse outros trabalhos para que a gente pudesse estar observando esses atletas”, completou o presidente.
Rivalidade à flor da pele
“Se ganha na organização, na disciplina, no planejamento. Eu acho que isso fez a diferença no Bahia de Feira. Acho que a estrutura que foi montada foi fundamental para que a gente chegasse à classificação. Evidentemente que foi com o Fluminense, mas poderia ser o Itabuna ou o Galícia. O futebol é circunstancial e depende de uma série de fatores, e acho que esses fatores levaram o Bahia de Feira a essa condição”, disse Jodilton.

“Eu quero parabenizar o nosso grupo de atletas. A gente fez de tudo para blindar o nosso grupo, pedindo para que eles não dessem entrevista, limitando um pouco o acesso da imprensa lá, para que não trouxessem esse apelo emocional de fora das quatro linhas para dentro de campo, como a gente viu nos jogos. Então eu acho que nosso time teve um equilíbrio emocional muito grande e a gente sabe que, para ter êxito nas finais, esse equilíbrio é de extrema importância”, complementou Thiago.
Na análise do presidente Thiago, a expulsão que ocorreu durante o confronto com o Fluminense facilitou o trabalho do Tremendão. Para ele, o jogador do Fluminense foi muito imprudente em uma jogada que culminou na sua expulsão; aliado a isso, a pressão de enfrentar o clube dentro de casa favoreceu a construção de um cenário que facilitou o placar de 3 a 0.

“Nós temos um predomínio muito grande no nosso mando de campo. É só você ver: nesta segunda divisão estamos com 100% de aproveitamento. Foram todas as vitórias, foram várias goleadas. Então a gente sabe que faz muito o mando de campo. A partir do momento que, ali no final do primeiro tempo, o Fluminense tem um jogador expulso e a gente joga um segundo tempo quase todo com um a mais, sabíamos que poderíamos levar vantagem”, disse Thiago.
O jogo só acaba quando termina
De acordo com o chaveamento do campeonato, o Bahia de Feira enfrenta nesta fase final o Galícia, que passou no último domingo (13) pelo Itabuna, que vinha fazendo uma boa campanha na competição. Os dois clubes que disputarão o grande título de campeão nesta temporada, em jogos nos dias 20 e 27 de julho, já têm o acesso à Série A garantido. Mas é claro que levar a taça para casa é a cereja do bolo que marca as comemorações do retorno à elite.
“Nosso objetivo é o título, evidentemente. Título sempre marca a história de um clube, queira ou não queira. É a terceira participação da gente em uma competição de segunda divisão: a primeira vez foi com o Feirense, nós subimos; a segunda vez com o próprio Bahia de Feira, quando nós adquirimos, subimos; e agora a terceira, eu espero que seja a última”, concluiu Jodilton.














