O secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, anuncia que a maior parte da obra de requalificação do Teatro Castro Alves (TCA) deve ser concluída em 2026.
Fechado desde janeiro de 2023, após um incêndio que atingiu o telhado do edifício, o Complexo Teatro Castro Alves é um dos mais tradicionais espaços culturais da capital baiana e, com a obra, promete se tornar referência na América Latina.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o representante da Secult-BA conta que, durante o ano de 2024, a principal demanda da obra foi o processo de demolição e desmontagem da estrutura do Teatro.
“Nós concluímos todo o processo de demolições internas, que é a desmobilização, a desmontagem de todas as estruturas divisórias, toda a área administrativa. Na sala principal, por exemplo, foram removidas todas as poltronas, os carpetes, todos os revestimentos acústicos, as laterais, e todo esse material foi devidamente selecionado e armazenado para ser reaproveitado”, destaca Monteiro. O gestor reitera ainda que “tudo aquilo que pode, será reaproveitado, porque esse é um conceito dessa obra também: o reuso do material”.
Monteiro afirma ainda que, mesmo em meio às obras, parte da estrutura do Complexo seguiu atendendo a demanda artística da capital, a exemplo da Concha Acústica, a Sala do Coro e o Centro Técnico, espaço de referência em montagem e apoio técnico de apresentações. “A Concha e a Sala do Coro seguiram funcionando e nós tivemos a montagem, a mobilização das estruturas provisórias, tanto da área administrativa quanto do nosso Centro Técnico, que não deixaram de funcionar. O centro técnico seguiu atendendo a cadeia produtiva do teatro baiano, por exemplo, o Torto Arado Musical, teve ensaios no nosso Centro Técnico e o cenário, a montagem também passou por lá”, explica.
Para o próximo ano, a parte principal da obra será concretizada, com a substituição de todo o telhado deteriorado do Complexo. “Agora a gente vem para 2025 com muita expectativa, que é o ano do pico da obra, é o ano em que 70% da etapa da construção civil acontecerá, incluindo a substituição de toda a cobertura, todo o telhado, são quase 5 mil metros de cobertura, toda essa substituição será feita agora nesse ano de 2025”, revela.
Bruno Monteiro conta ainda que essa etapa do processo passa por uma rotina de monitoramento semanal, envolvendo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), além da própria Secult. O gestor da pasta ressalta ainda que a participação e acompanhamento do público, fundamental para o processo de colaboração e transparência da obra, também será iniciada em 2025.
“Teremos também o início do processo de acompanhamento público e as rodadas de diálogo, de diálogo qualificado sobre a intervenção nesse ícone da arquitetura moderna, que merece ser acompanhado, ser estudado para que isso também fique na história. Fique registrado na história como o TCA já está registrado na história da cultura brasileira”, afirma.
“Estamos aí trabalhando e, com certeza, 2025 vai ser um ano muito determinante dessa obra, para que nós, em 2026, tenhamos o teatro mais moderno do Brasil”, conclui.