Dois brasileiros, entre eles, Cardeal Sérgio da Rocha, Arcebispo de Salvador, aparecem entre os cotados
A morte do Papa Francisco, nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, deu início ao período de sede vacante na Igreja Católica, etapa em que a Sé Apostólica permanece sem um pontífice. Com isso, os preparativos para o Conclave — processo de eleição do novo papa — já estão em curso. A escolha do sucessor deve ocorrer entre 15 e 20 dias após a morte do pontífice.
Entre os cardeais com direito a voto, nomes de diferentes continentes ganham destaque como possíveis sucessores de Francisco. Dois brasileiros, entre eles, Cardeal Sérgio da Rocha, Arcebispo de Salvador, aparecem entre os cotados.
Possíveis sucessores de Francisco:
Cardeal Sérgio da Rocha (Brasil):
Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, foi criado cardeal em 2016. Já presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem projeção internacional, sendo considerado um dos nomes mais respeitados do episcopado brasileiro.

Cardeal Leonardo Ulrich Steiner (Brasil):
Primeiro cardeal da Amazônia brasileira, foi nomeado por Francisco em maio de 2022. Arcebispo de Manaus, é reconhecido por seu trabalho com populações indígenas e pela defesa da ecologia integral. Natural de Forquilinha, em Santa Catarina, representa a voz da Amazônia dentro da Igreja.

Cardeal Pietro Parolin (Itália):
Secretário de Estado do Vaticano desde 2013, ocupa o segundo posto mais importante da hierarquia da Santa Sé. É considerado um nome forte dentro da Cúria Romana.
Cardeal Matteo Zuppi (Itália):
Arcebispo de Bolonha desde 2015 e presidente da Conferência Episcopal Italiana, é visto como um dos favoritos entre os mais progressistas. Tornou-se cardeal em 2019.
Cardeal Pierbattista Pizzaballa (Itália):
Patriarca latino de Jerusalém, foi criado cardeal em 2023. Tem experiência direta em uma das regiões mais delicadas para a paz e o diálogo inter-religioso.
Cardeal Christoph Schoenborn (Áustria):
Arcebispo de Viena e teólogo respeitado, foi aluno de Bento XVI e é visto como figura de equilíbrio, com boa aceitação entre setores conservadores.
Cardeal Marc Ouellet (Canadá):
Chefiou o Dicastério para os Bispos de 2010 a 2023. Seu nome é frequentemente lembrado entre os possíveis candidatos ao papado.
Cardeal Jean Marc Aveline (França):
Arcebispo de Marselha, é apontado como um dos favoritos de Francisco por seu alinhamento com os valores pastorais do pontificado argentino.
Cardeal Péter Erdo (Hungria):
Arcebispo de Budapeste, com perfil conservador e sólida formação acadêmica. Foi durante anos o cardeal mais jovem da Europa.
Cardeal José Tolentino de Mendonça (Portugal):
Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, é reconhecido por seu perfil intelectual e pela sensibilidade pastoral.
Cardeal Mario Grech (Malta):
Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, é outro nome mencionado com frequência nas análises de vaticanistas.
Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas):
Ex-arcebispo de Manila, com ampla atuação missionária e grande carisma. Foi chamado por Francisco para chefiar o escritório missionário do Vaticano.
Cardeal Robert Francis Prevost (EUA):
Prefeito do Dicastério para os Bispos e um dos nomes norte-americanos com maior influência no atual Vaticano.
Cardeal Wilton Gregory (EUA):
Arcebispo de Washington D.C. e primeiro cardeal afro-americano, foi nomeado por Francisco e é uma das principais vozes da Igreja nos Estados Unidos.
Cardeal Blase Cupich (EUA):
Arcebispo de Chicago, tem perfil progressista e é próximo ao estilo pastoral do Papa Francisco.
Cardeal Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo):
Arcebispo de Kinshasa, representa a força crescente da Igreja na África. É reconhecido por sua liderança pastoral e defesa dos direitos humanos.
O próximo papa será escolhido pelos 132 cardeais com menos de 80 anos, reunidos na Capela Sistina, em um processo marcado pelo sigilo absoluto. Até lá, a expectativa global se volta para Roma.