Brasil registra cerca de 200 casos de desaparecidos por dia; saiba como ajudar

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Só na Bahia foram confirmados mais de 3300 casos de desaparecimentos

Os índices de desaparecimento não param de crescer no país. De acordo com dados do Mapa dos Desaparecidos no Brasil, divulgados nesta terça-feira (22), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de desaparecidos chegou à marca de 200 mil entre 2019 e 2021.

A média é de quase 200 desaparecimentos por dia e a faixa etária chama a atenção, pois quase 30% são crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos. Outro dado alarmante é que a maioria destes jovens são garotos negros e pardos, em situação de vulnerabilidade social.

O estudo ainda ressalta que, muitas vezes, estes casos não são tão priorizados pela polícia, devido à percepção de que os episódios se tratam de problemas familiares dos jovens. Vale lembrar que, do grupo de 100 mil pessoas, o número de adolescentes chega a 84,5 %.

Denúncia

Na Bahia, a Polícia Civil registrou 3301 casos de desaparecimento em 2022 e o número segue crescente no Estado. Na última semana, Raiane Michelle Carvalho da Silva e Laiane Vitória Carvalho da Silva, de 19 e 17 anos, estavam desaparecidas, após o pai delas proibir a mais velha de namorar.

As jovens saíram de casa afirmando que iriam para o colégio estadual em que estudam, mas não voltaram para a residência no horário previsto, ficando desaparecidas por sete dias. A família denunciou o caso para a Polícia Civil, que afirmou que a Delegacia de Proteção à Pessoa investigava o caso, encontrando a meninas pouco dias depois.

“Em Salvador, esses casos devem ser registrados na Delegacia de Proteção à Pessoa. Na RMS e no interior do estado, os comunicantes devem dirigir-se às delegacias territoriais de cada cidade. Os registros também podem ser realizados na Delegacia Virtual”, informou a assessoria de comunicação do órgão estadual.

Alerta

Outro caso recente que chamou a atenção da população foi o da cantora MC Pipokinha, que sumiu temporariamente e fez com que sua equipe ficasse preocupada e divulgasse nas redes sociais que a funkeira estava desaparecida, causando comoção entre os fãs.

Horas depois a artista se pronunciou e disse que tudo não passava de um marketing para seu no clipe. A situação repercutiu na web e se tornou um dos assuntos mais comentados entre os internautas, que detonaram a postura de Pipokinha e alertaram para a incidência de notícias falsas de desaparecimento ou trotes para familiares destas vítimas.

Irritado, o influenciador Felipe Neto comentou sobre o caso. “Não se brinca com desaparecimento. Desaparecimento não é marketing. O Brasil registra 200 desaparecimentos POR DIA. Mais de um terço dessas pessoas são crianças e adolescentes. Não é possível que ninguém bota limite nessa turma. Eu não queria falar nada, mas NÃO É POSSÍVEL!”, escreveu ele no Twitter.