Apresentado, Gilberto mostra gratidão a Jorge Jesus e revela peso de Paiva no acerto com o Bahia

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Ex-Benfica, lateral chega ao Tricolor com contrato até 2026: “Bahia não perde de nada para os outros clubes grandes do Brasil”

Aos 30 anos e com passagem por grandes clubes do Brasil e do exterior, Gilberto chega ao Bahia como reforço de peso. Mas a importância do jogador não se dá apenas pelo currículo, mas também pela necessidade de um time na luta contra o rebaixamento na Série A e com problemas na lateral direita desde o início do ano. Nesta terça-feira, ele foi oficialmente apresentado como jogador do clube

– O Bahia não perde de nada para os outros clubes grandes do Brasil. É um clube com estrutura, um clube campeão Brasileiro, uma das torcidas mais apaixonadas do Brasil. Quando as propostas chegaram, o Bahia sempre esteve junto ali.

É óbvio que o momento é difícil, eu sabia. Mas eu estava pensando também no projeto. Os jogadores têm qualidade para se manter na Série A. O projeto daqui pra frente é só evolução.

Gilberto deixou o Benfica, de Portugal, para assinar contrato com o Bahia até o fim de 2026. O lateral revelou que a torcida tricolor e o técnico Renato Paiva tiveram peso na decisão para jogar pelo clube. O lateral procurou referências do treinador, que trabalhou até 2021 no Benfica

– Quando surgiu a proposta do Bahia e de outros clubes, a gente tem que sentar com a família, avaliar bastante. Vinha de um momento bom lá [na Europa]. Graças a Deus tive muitas propostas. A primeira coisa foi o interesse do Bahia, a forma que eles abordaram, toda negociação, o clube e, principalmente, o treinador. Parece que ele buscou todas as minhas informações lá no Benfica. Ele trabalhou bastante tempo por lá, e alguns jogadores que trabalharam com ele mesmo nas férias me mandaram mensagem para me dizer como é a relação dele com os atletas, o estilo dele de trabalho. E eu me identifiquei muito porque é uma forma que trabalhei bastante durante esses três anos lá. E eu gostei muito porque evolui muito taticamente, principalmente, defensivamente. Era um déficit que eu tinha jogando no Brasil. Evolui bastante com os treinadores com quem trabalhei lá e as ideias do Renato são muito parecidas. Isso foi um ponto positivo.

– E a torcida do Bahia que é diferente. Os torcedores do nordeste, como disse, são torcedores muito calorosos. Jogar aqui na Fonte Nova sempre foi um desafio para a gente. Quando era adversário, a gente sabia que jogar lá seria muito difícil. Quando cheguei aqui foi a primeira coisa que eu falei, isso aqui é um caldeirão. A torcida, mesmo no momento em que a gente está, nunca abandonou a gente. Tenho visto sempre o estádio cheio. Então, a gente tem que trazer isso para o nosso lado, sempre. Esses foram os pontos: a torcida e as ideias do treinador – continua o lateral.

No Bahia, Gilberto volta a trabalhar com um técnico português, já que também com Jorge Jesus, no Benfica entre 2021 e 2022.

– Sobre o técnico, sinceramente não me interessa a nacionalidade. Me interessa a forma que ele trabalha. E a forma que o [Jorge] Jesus trabalhou comigo me ajudou a evoluir muito. Tanto que ele fez um ótimo trabalho aqui no Brasil. Sou muito grato a ele. E as ideias do Paiva também são muito boas.

Quando estreia

O novo lateral foi anunciado como jogador do Bahia há nove dias e já treina com o elenco tricolor. Ele está regularizado e à disposição do técnico Renato Paiva para fazer o seu primeiro jogo já neste sábado, contra o Corinthians, pela Série A. Segundo Gilberto, só depende da comissão técnica tricolor e decisão pela estreia.

– Quando as conversas começaram a esquentar começava a me preparava de maneira mais forte. Obvio que preparando com o grupo é diferente, tive menos tempo para isso. Se a comissão entender que é no próximo jogo, eu vou estar pronto e quero ajudar.

Histórico
No Benfica desde o segundo semestre de 2020, Gilberto teve média superior a 35 jogos por temporada. No total, ele fez 106 partidas, com oito gols e sete assistências e, no ano passado, conquistou o Campeonato Português.

De volta ao Brasil, Gilberto vai ter como concorrentes de posição no Bahia Cicinho, André e Vítor Jacaré, que é atacante de origem, mas vinha sendo improvisado como ala. O último está em reta final de recuperação de lesão.

Gilberto debutou como profissional com a camisa do Botafogo, em 2011. Desde então, ele passou por Internacional, Fiorentina-ITA, Hellas Verona-ITA, Latina-ITA, Vasco e Fluminense. O lateral teve passagem por Seleções de base e venceu o Torneio Internacional de Toulon, em 2014.

Veja outros trechos da entrevista coletiva:

Escolha pelo Bahia
– Estou muito feliz de estar aqui. A torcida do Bahia é muito calorosa, que abraça muito o clube, muito apaixonada. Desde antes de fechar, já mandavam muitas mensagens. A negociação começou a esquentar na metade das minhas férias. Então não é fácil. É um momento novo pra mim, nunca tinha vivido isso na minha carreira, de chegar num clube já jogando a temporada. O time de preparação física tem muita qualidade, já deu pra perceber. São muito inteligentes e tiveram que ter essa paciência. Agora é estar 100% para o próximo jogo.

Trabalho com técnico português
– A estrutura do Benfica é algo difícil de comparar. Eu conversava com os jogadores que estavam chegando de clubes grandes da Europa, e eles diziam que era uma coisa incomparável, era impressionante as coisas que têm lá. Pelo que vejo hoje, os clubes estão indo buscar lá as ideias. A estrutura do Bahia tem crescido, já é muito boa, tem bastante campo para treinar, tem tudo que um atleta precisa. O departamento tem profissionais excelentes, já conversei com bastante, e as ideias são muito boas. São muito parecidos com o que vivi na Europa, não só no Benfica, mas também na Itália. Acho que tem muito a crescer. O projeto do Bahia é muito interessante para os próximos anos. O que a gente precisa é estar focado nesse ano para fazer uma boa campanha.

Qualidades
– Eu sou um lateral que gosta de jogar pela ala. Quando time está com bola, gosto de conversar com alas e meio-campo do meu lado. É importante movimentar. Gosto de jogar por dentro, ir pelo corredor, jogar na área e fazer gols. Paiva já conversou comigo e disse que vai me dar liberdade.

Veja outros trechos da entrevista coletiva:

 

Escolha pelo Bahia
– Estou muito feliz de estar aqui. A torcida do Bahia é muito calorosa, que abraça muito o clube, muito apaixonada. Desde antes de fechar, já mandavam muitas mensagens. A negociação começou a esquentar na metade das minhas férias. Então não é fácil. É um momento novo pra mim, nunca tinha vivido isso na minha carreira, de chegar num clube já jogando a temporada. O time de preparação física tem muita qualidade, já deu pra perceber. São muito inteligentes e tiveram que ter essa paciência. Agora é estar 100% para o próximo jogo.

– A estrutura do Benfica é algo difícil de comparar. Eu conversava com os jogadores que estavam chegando de clubes grandes da Europa, e eles diziam que era uma coisa incomparável, era impressionante as coisas que têm lá. Pelo que vejo hoje, os clubes estão indo buscar lá as ideias. A estrutura do Bahia tem crescido, já é muito boa, tem bastante campo para treinar, tem tudo que um atleta precisa. O departamento tem profissionais excelentes, já conversei com bastante, e as ideias são muito boas. São muito parecidos com o que vivi na Europa, não só no Benfica, mas também na Itália. Acho que tem muito a crescer. O projeto do Bahia é muito interessante para os próximos anos. O que a gente precisa é estar focado nesse ano para fazer uma boa campanha.

Qualidades
– Eu sou um lateral que gosta de jogar pela ala. Quando time está com bola, gosto de conversar com alas e meio-campo do meu lado. É importante movimentar. Gosto de jogar por dentro, ir pelo corredor, jogar na área e fazer gols. Paiva já conversou comigo e disse que vai me dar liberdade.

O que acompanhou do Bahia
– Eu assisti aos últimos quatro, cinco jogos. Eu vi jogos que a gente, às vezes, perdeu por falta de atenção, por falta de sorte. No futebol, acontece. Eu acho que a pressão é grande. Jogar no Bahia não é fácil, não é pra qualquer um. A pressão vem de todos os lados, interna e externa. Temos que estar bem psicologicamente, trabalhar. O grupo não deixa nada a desejar, gosta de treinar. Mas também tem que estar psicologicamente bem fora de campo, com nossa família. Temos que estar 100% concentrados no jogo. Talvez isso pode estar atrapalhando um pouco, mas a gente tem conversado, melhorado isso e, com certeza, as mudanças vão vir nos próximos jogos.

– A opinião externa sempre vai acontecer. E, hoje, com rede social, o jogador fica se abalando. Quando digo para se fechar, não é se fechar para a opinião do torcedor, que é patrimônio do clube. É, se jogou mal, esquecer rede social e que vão te xingar. É levantar a cabeça e pensar no próximo jogo. Não é ficar pensando só nas críticas. Temos jogos pela frente para mudar isso. Torcedor é assim, mesmo com time estando mal, vai estar lá. O que temos que fazer é não nos abater.

Conversa com grupo
– Já conversei bastante. O treinador me falou na minha chegada que é um grupo muito bom. Os jogadores são comunicativos, me abraçaram de forma boa. Encontrei jogadores experientes, jogadores de muita qualidade e jogadores jovens também. Só depende da gente.