Ministro da Fazenda diz que vai discutir alternativas com Lula após rejeição da MP 1303
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não poupou palavras ao defender a taxação dos chamados BBBs, bilionários, bancos e bets. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ele afirmou: “A taxação dos BBBs só é injusta na cabeça de pessoas desinformadas sobre o que está acontecendo no Brasil”.
A fala veio após questionamentos sobre a Medida Provisória 1303, que foi rejeitada pelo Congresso na última semana. A MP aumentava impostos sobre produtos financeiros usados pela alta renda.
Haddad disse que recebeu apoio de parlamentares para corrigir o que chamou de erro. “Recebi acenos de parlamentares para corrigir o que aconteceu na queda da MP do IOF”, declarou.
Segundo o ministro, as propostas serão discutidas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir desta quarta-feira (15), quando ele retorna de viagem internacional. “Vamos buscar alternativas”, garantiu.
Ele comparou a taxação dos setores de alta renda com a de produtos como cigarro e bebida. “Ninguém acha injusto sobretaxar cigarros e bebidas. Esses setores são taxados no mundo todo”, afirmou.
Sobre as apostas online, Haddad foi direto: “No caso das bets, eles precisam dar uma contribuição diante dos efeitos colaterais que geram dependência”.
O ministro também comentou o impasse comercial com os Estados Unidos, que levou à aplicação de uma taxa de 50% sobre importações brasileiras. Segundo ele, “foi patrocinado por grupos domésticos que se valeram da desinformação”.














