O presidente do PL na Bahia, João Roma, reafirmou sua pré-candidatura ao governo do estado, destacando a necessidade de mudanças estruturais na gestão baiana.
Em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, rádio Antena 1, Roma criticou a política tributária vigente e a atuação do governo da Bahia, ao mesmo tempo, em que defendeu a construção de uma frente unificada da direita para enfrentar o PT nas eleições de 2026.
“Eu já divulguei e tenho trabalhado na confirmação da minha pré-candidatura governador do estado da Bahia. Já fomos candidatos na última eleição. E eu quero mudanças no estado da Bahia. Mudanças com menos impostos, porque não há como a gente progredir e atrair investimentos com essa base e essa persistência do governo querer cada vez mais colocar imposto”, disse Roma.
Apesar disso, Roma deixou em aberto a possibilidade de uma aliança com o grupo liderado por ACM Neto (União Brasil), com quem rompeu na eleição passada. “Se outra conjuntura for formada, e a gente enxergar que o maior antagonismo que temos é o PT, que está trazendo mazelas, que não está melhorando a vida da população, um PT que faz bonitas propagandas, mas não entrega o que promete. Então dentro disso eu não vejo nenhuma dificuldade em convergir com Acm Neto.”Ele reconheceu que o distanciamento anterior foi marcado por forte passionalismo político, mas
defendeu que o momento exige maturidade. “Então, naturalmente, entre João Roma e Acm Neto há muito mais convergências do que divergências”.
O ex-ministro da Cidadania também fez críticas diretas ao governo federal, comandado pelo PT, e cobrou mais ações concretas. “Nem parece que a Bahia tem um ministro da Casa Civil. As providências não chegam. São pequenos gargalos que não se resolvem, e isso impede o desenvolvimento do nosso estado”, afirmou.
Ao falar sobre o cenário eleitoral, Roma reforçou seu alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que segundo ele continua sendo o principal nome da direita brasileira. “Defendemos o nome do presidente Bolsonaro. Ele é quem mobiliza, cativa, coloca as pessoas nas ruas. Eu estou ao lado do presidente Bolsonaro nessa caminhada, até onde ele disser.”
Roma também comentou sobre articulações nacionais dentro da direita, citando lideranças como Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Júnior (Paraná) como possíveis nomes que ajudam a compor um “caldo cultural” de alternativas ao modelo petista. “Mais do que consenso nacional, a Bahia precisa despertar. O cidadão tem que entender por que sua vida não está melhorando. A transformação começa na consciência de cada um.”
O pré-candidato também criticou duramente a política econômica do governo Lula, especialmente os juros altos e a falta de corte de gastos públicos. “O Brasil não aguenta mais ficar com quase 15% de Selic. Esses juros corroem tudo.”
Apesar de se manter firme na pré-candidatura ao governo baiano, Roma afirmou que está aberto ao diálogo para formação de uma chapa única da oposição, desde que o objetivo principal seja derrotar o PT. “O bom é inimigo do ótimo. Temos que evitar birras e trabalhar por convergências. A Bahia não pode mais perder tempo com um governo que não entrega o que promete.”