Plano de militares era matar Lula, Alckmin e Moraes por envenenamento

Operação Contragolpe da Polícia Federal mira os “kids pretos” que seriam militares da ativa e da reserva

O plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes; e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), tratado em reunião em 12 de novembro de 2022 na casa do general Braga Netto, considerava executar as autoridades por envenamento.

“Foram consideradas diversas condições de execução do ministro Alexandre de Moraes, inclusive com o uso de artefato explosivo e por envenenamento em evento oficial público. Há uma citação aos riscos da ação, dizendo que os danos colaterais seriam muito altos, que a chance de ‘captura’ seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado a morte no contexto militar) seria alto”, afirma trecho do documento emitido pela Polícia Federal (PF).

“Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, descreve a PF.

Os golpistas começaram a monitorar o deslocamento de autoridades ainda em novembro de 2022, antes da posse de Lula. A Operação Contragolpe da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira (19), foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e mira os “kids pretos”, que seriam militares da ativa e da reserva. Além deles, um policial federal foi preso.

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